A segunda edição do projeto “Harmonia em Evolução” aconteceu no último sábado, 03, na quadra da Viradouro. O evento, que foi organizado pelas direções de Carnaval e Harmonia, teve como objetivo promover debates sob o ponto de vista de diversos profissionais envolvidos no maior espetáculo da Terra. As conversas foram mediadas pelos diretores Alex Fab, Dudu Falcão, Jefferson Coutinho e Marcos Mendes.
Desta vez, foram formadas mesas com os seguintes temas e representantes:
Para comunicação e mídias, tivemos Vinícius Ximenes (Viradouro), Bryan Clem (Mocidade), Lucas Dellatorres (União da Ilha) e Victor Brito (Salgueiro).
Na assessoria de imprensa, participaram Simone Fernandes (Viradouro), Aydano André Motta (O Globo e Band), Natália Louise (Diretora de Comunicação da LIESA), Igor Ricardo (Tuiuti) e Tatiana Neves (Coordenadora de projetos especiais de Carnaval da TV Globo).
O ateliê de fantasias contou com Alessandra Reis (Viradouro e Ateliê Alessa Reis), Bellinha Delfim (Delfim Atelier), Izaquis de Paulo (Ateliê by Izaquis) e Leandro Santos (U. Tijuca).
Para enredo, os representantes foram Gustavo Melo (Viradouro), Clark Mangabeira (U. Padre Miguel) e Beatriz Chaves (Portela).
Os carnavalescos presentes foram Tarcísio Zanon (Viradouro), Gabriel Haddad (Grande Rio), Sidnei França (Mangueira) e Antônio Gonzaga (Portela).
Além disso, tivemos a participação de integrantes da LIESA para a palestra de encerramento: Elmo José (Diretor de Carnaval), Edson Marcos (Diretor de Engenharia) e Junior Escafura (Diretor Secretário).
Entre os assuntos abordados, as mesas de comunicação e assessoria de imprensa comentaram sobre a captação de público para o Carnaval e a cobertura realizada pelos veículos tradicionais e mídias alternativas, como páginas na internet que são dedicadas ao tema.
Bryan Clem, da Mocidade, destacou a importância da linguagem usada nas redes sociais, uma vez que cada uma delas comunica a uma determinada faixa etária. Lucas Dellatorres, da Ilha, citou que os desafios na Série Ouro são maiores, já que as escolas que integram o grupo costumam não ser priorizadas pelos foliões, que acabam optando pelas do Especial.
Natália Louise, diretora de Comunicação da Liga Independente das Escolas de Samba, explicou sobre o processo de credenciamento da imprensa e os critérios usados. Segundo ela, as páginas precisam estar ativas cerca de seis meses antes dos desfiles, gerando conteúdos de qualidade sobre o mundo do samba. A coordenadora de projetos especiais de Carnaval da TV Globo, Tatiana Neves, revelou um pouco dos bastidores da cobertura ao longo do ano, como a criação de quadros e dinâmicas durante os telejornais, e a relação com as agremiações.
A escassez de profissionais foi uma das pautas abordadas pelos representantes de ateliê. Alessandra Reis, da Viradouro, afirmou que as agremiações devem capacitar novos talentos e reforçou a relevância do trabalho que realiza em parceria com o Instituto Viradouro. Leandro Santos, da Tijuca, citou que alguns trabalhadores se dividem entre várias escolas, justamente pela falta de mão de obra.
Na mesa dos enredistas, discutiu-se a crítica de que todas as escolas levarão o mesmo tema para a Avenida em 2025. Beatriz Chaves, da Portela, e Clark Mangabeira, da UPM, ressaltaram que os enredos são completamente diferentes, tendo em comum apenas a origem negra e que, por preconceito e falta de conhecimento, comentários negativos são feitos.
Os carnavalescos Tarcísio Zanon, da Viradouro, e Gabriel Haddad, da Grande Rio, falaram sobre o livro abre-alas e sugestões que podem facilitar o preenchimento do documento. Estreante no Carnaval do Rio, Sidnei França, da Mangueira, comentou sobre a diferença entre as festas carioca e paulistana. De acordo com ele, o olhar dos jurados no Anhembi é mais técnico, enquanto na Sapucaí, é mais sensível e artístico.
No encerramento, representantes da LIESA ressaltaram o crescimento do espetáculo nos últimos anos. Elmo José, diretor de Carnaval da Liga, relembrou algumas figuras relevantes, como Nelson Jangada, Cartola, Paulo da Portela e Tia Ciata, e a luta deles em prol do samba.
O seminário, que foi o último do ano, resultou em mais um dia repleto de conversas interessantes e trocas de conhecimento muito importantes para o Carnaval.